Começamos a semana com o dólar cotado a R$5,1551 na segunda-feira (12/set), em nível 0,21% menor que a abertura da semana anterior (5/ago). A cotação da moeda registrou trajetória de alta ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (16/set) cotado a R$5,2386, portanto, uma depreciação do Real de aproximadamente 1,62%, dando continuidade ao movimento da semana passada.
A semana foi marcada por um dado muito positivo da economia brasileira: o setor de serviços cresceu forte 1,1% no mês de julho e é o principal driver da economia brasileira na atual conjuntura. Contudo, apesar da boa notícia dos serviços, o varejo veio novamente em queda, desta vez de -0,8%, terceiro mês seguido de queda.
Em meio a esse mix de expectativas, a semana foi realmente pautada pelo resultado da inflação dos EUA. Segundo o Departamento do Trabalho, os preços de agosto ficaram 0,1% mais caros que no mês de julho, na contramão das expectativas de analistas e economistas, que esperavam por queda de 0,1%.
O núcleo de inflação, quando retiramos do índice cheio (+0,1%) os efeitos dos preços dos alimentos e dos combustíveis, subiu 0,6% no mês. Essa foi a maior causa da preocupação do mercado e foi suficiente para chamar a atenção do Fed.
Com o núcleo em aceleração, há indícios de que a inflação já se disseminou ou está se disseminando por toda a economia. Assim, o mercado espera que o Fed promova um novo aumento de 0,75% na taxa de juros este mês, o que por sua vez, deve pressionar ainda mais o valor do dólar nos demais países.
Confira o De Olho no Câmbio #190, a relação Real vs Libra Esterlina e do Real vs Euro.