Começamos a semana com o dólar cotado a R$5,2199 na segunda-feira (05/dez), um nível 3,5% menor que a abertura da semana anterior (28/nov). A cotação da moeda registrou trajetória de queda ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (09/dez) cotado a R$5,2110 – patamar 0,3% maior que a abertura da sexta-feira anterior (02/dez). Na semana, vimos uma apreciação do Real de aproximadamente 0,2%.
A moeda norte-americana passou a transitar em um patamar menos elevado nesta semana com a diminuição do ruído político, com a flexibilização da medidas de restrição sanitária aplicadas pelo governo chinês e com a sinalização de que os bancos centrais dos Estados Unidos (Fed) e Zona do Euro (BCE) moderarem o ritmo de aumento dos juros já a partir da semana que vem.
Depois que o governo eleito se disse aberto a negociar o volume das despesas extra-teto ou o tamanho do crescimento da âncora fiscal, além do comprometimento de que o novo governo entregará um novo arcabouço de disciplina fiscal até o meio do ano, ajudou a produzir um pouco a tensão sobre a moeda brasileira.
O Comitê de Política Monetária do nosso banco central também deixou claro que pode retomar o ciclo de aumento de juros caso o processo de desinflação em curso não transcorra como o esperado, dando especial ênfase ao risco fiscal e o impacto dele sobre a inflação e outras variáveis macroeconômicos.
No exterior, depois de diversos protestos que sacudiram a China, o governo decidiu ir na direção do relaxamento de algumas das medidas de restrição de mobilidade conhecidas como a política de Covid zero no país. As falas públicas a respeito da dispensa de testes de cartão de vacina para adentrar em locais públicos, bem como a sinalização de que o governo fará um esforço maior no âmbito da imunização, deram alívio ao mercado de câmbio esta semana.
Nos Estados Unidos e na Europa, o recente comportamento de inflação, que mostrou alguma acomodação, permitiu que as autoridades monetárias locais fizessem declarações públicas de que talvez tenha chegado a hora de diminuir o ritmo de aperto monetário.
O mercado está mais certo de que os Estados Unidos farão um aumento de 0,5% já na reunião da próxima semana.
Confira no De Olho no Câmbio #202 a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.
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