Começamos a semana com o dólar cotado a R$5,2262 na segunda-feira (9/jan), um nível 1,15% menor que a abertura da semana anterior (2/jan). A cotação da moeda estrangeira registrou trajetória de queda ao longo desta semana e o dólar abriu o pregão desta sexta-feira (13/jan) cotado a R$5,1094 – patamar 4,73% menor que a abertura da sexta-feira anterior (6/jan). Entre as aberturas desta sexta (13) e da última segunda-feira (9) vimos uma valorização do Real de aproximadamente 2,23%.
O ponto alto da semana e um dos dados mais esperados da leva de indicadores de 2022 foi a inflação dos EUA. Felizmente, o dado veio em linha com o esperado pelo mercado e com as perspectivas das autoridades monetárias do Federal Reserve (Fed).
O presidente do Fed, Jerome Powell, falou no seminário internacional do Banco da Suécia e trouxe a percepção de que o banco central americano será menos hawkish, na linguagem do mercado. Isso significa que os juros devem subir em ritmo bem menor do que imaginado anteriormente.
Era o que faltava para fechar o cenário de desinflação na cabeça da maior parte dos analistas. O índice de preços ao consumidor dos EUA oficialmente caiu 0,1% em dezembro, em linha com nossa expectativa. No ano, a inflação acumula alta de 6,5%.
O dado ainda está distante da meta, mas já dá sinais de convergência e embasa essa postura menos hawkish por parte do Fed. E no Brasil, a semana foi repleta de dados econômicos importantes, como o IPCA de dezembro (+0,62%), além de vários dados referentes a novembro, como as vendas no varejo (-0,6%), o setor de serviços (0,0%) e a produção industrial regional (-0,1%).
Apesar de tudo isso, o grande destaque da semana ficou para o primeiro plano econômico apresentado pelo governo, que dividiu opiniões. O mercado avalia positivo o esforço de ajustar e elevar as perspectivas de receitas sem elevar a tributação (apesar da reoneração dos combustíveis).
Contudo, gerou algum desconforto para os analistas nenhum anúncio de corte de gastos ou algo semelhante por parte da equipe econômica. Ainda assim, o cenário apresentado é de uma redução do déficit primário até um possível superávit primário de 0,1% do PIB em 2023.
O plano mostrou boas intenções, mas ainda há um longo caminho pela frente.
Confira no De Olho no Câmbio #207 a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.
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