Na Zona do Euro, como temos alertado há tempos, a situação parece ambígua, sendo o elemento central desta ambiguidade o avanço da variante delta da Covid-19. Sem controle do vírus, a economia não consegue reabrir com segurança.
Essa preocupação, por exemplo, levou a União Europeia a recomendar o retorno das viagens originadas dos EUA ao bloco. A decisão obviamente não foi bem aceita pelas companhias aéreas e demais empresas do segmento, uma vez que elas foram as mais impactadas pela pandemia e urgem pelo retorno das atividades.
Mas, como nos mostram os dados, a economia europeia realmente anda mal das pernas. As vendas no varejo caíram 2,3% na passagem de junho para julho, segundo dado divulgado nesta sexta-feira (3/9) pela Eurostat.
O que traz algum alívio e reforça a ambiguidade a que fizemos referência é que a atividade empresarial permaneceu forte em agosto, mesmo com os temores com a variante delta e questões envolvendo as cadeias de suprimentos, mas com resultado inferior.
Segundo o PMI composto do bloco, a atividade econômica passou de 60,2 pontos em julho para 59 pontos em agosto. Ainda bastante acima dos 50 pontos que separam crescimento de contração, mas abaixo do mês anterior.
Neste cenário, o Euro abriu o pregão de segunda-feira (30) cotado a R$6,2021. Na abertura desta sexta-feira (3), a cotação foi de R$6,16. Portanto, uma apreciação semanal do Real frente à moeda europeia de aproximadamente 0,68%.
Com relação ao dólar, a moeda europeia ganhou força pela segunda semana consecutiva. A apreciação do Euro foi de aproximadamente 0,67%, reforçando o enfraquecimento da moeda estadunidense na última quinzena.
Confira o De Olho no Câmbio #137, a relação Real vs Dólar e do Real vs Libra Esterlina.
