O euro abriu o pregão de segunda-feira (29/ago) cotado a R$5,0436. Na abertura desta sexta-feira (2/set), a cotação foi de R$5,2059. Portanto, uma depreciação semanal do Real frente à moeda europeia de aproximadamente 3,22%, revertendo o movimento de apreciação visto na última semana.
Com relação ao dólar, após a moeda europeia ter perdido força na semana anterior, a cotação do euro na moeda estadunidense seguiu a tendência e passou de US$0,996 na segunda (29) para US$0,9945 nesta sexta (2), portanto, uma depreciação do Euro de aproximadamente 0,15%.
Logo no início da semana os mercados europeus abriram com as falas mais duras de Jerome Powell, presidente do Fed, e de Isabel Schnabel, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE). Powell deixou claro que o Fed terá que continuar elevando os juros mesmo com prejuízo à economia.
Complementarmente, Schnabel, na mesma linha que Powell, destacou que mesmo com o risco de recessão, não há outra escolha que não seja continuar no caminho da normalização (alta dos juros). Desse modo, começamos a semana com a visão clara de que os bancos centrais devem agir com mais força neste momento e, portanto, esse deve ser o caminho do BCE na próxima reunião.
Além disso, os dados de inflação da Zona do Euro divulgados esta semana endossaram a leitura de Schnabel e de muitos outros economistas e analistas de mercado. Depois de um relativo arrefecimento nos preços produzidos por cortes de impostos e estabilidade nos preços das commodities, a inflação foi de +0,5% em agosto.
Com o resultado de agosto a variação em um ano alcançou novo recorde no bloco, +9,1%. O núcleo da inflação, que exclui as influências dos combustíveis e dos alimentos, seguiu a mesma linha e variou +0,5% em agosto. Isso mostra uma inquestionável contaminação da inflação em itens cujos preços são menos voláteis.
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