O euro abriu o pregão de segunda-feira (12/set) cotado a R$5,1961. Na abertura desta sexta-feira (16/set), a cotação foi de R$5,2365. Portanto, uma depreciação semanal do Real frente à moeda europeia de aproximadamente 0,78%, mantendo o movimento visto na última semana, mas em menor magnitude.
Com relação ao dólar, após a moeda europeia ter ganhado força na semana anterior, a cotação do euro na moeda estadunidense reverteu a tendência novamente e passou de US$1,0049 na segunda (12) para US$0,9996 nesta sexta (16), portanto, uma depreciação do Euro de aproximadamente 0,52%.
No bloco do Euro, a produção industrial frustrou muitos investidores e analistas. A indústria europeia registrou queda de 2,3% em sua produção no mês de julho, o maior recuo mensal desde abril de 2020. O tombo foi em dimensão muito maior do que esperado pelo mercado.
Como a desaceleração do nível de atividade econômica na Europa e em outros países desenvolvidos deve contribuir com a queda no preço das commodities, no médio prazo isso deve ajudar no controle da inflação, De quebra, essas expectativas podem aumentar um pouco o apetite pelo risco no curtíssimo prazo.
Contudo, nesta sexta-feira (16), o número definitivo de inflação no bloco se mostrou ligeiramente mais elevado que a prévia divulgada dias antes.
A inflação na zona do euro atingiu mais um recorde, desta vez de 9,1% em agosto (acumulada em 12 meses), resultado de uma variação mensal de 0,6%. Na prévia divulgada algumas semanas antes, no final de agosto, o Eurostat havia informado uma variação mensal de 0,5%.
Com isso, podemos esperar, na verdade, uma ação mais incisiva do Banco Central Europeu e, provavelmente, podemos esperar uma recessão mais forte à frente, que vai impor um movimento mais forte de queda dos preços.
Confira o De Olho no Câmbio #190, a relação Real vs Libra Esterlina e do Real vs Dólar.