O euro abriu o pregão de segunda-feira (03/abr) cotado a R$5,4900. Na abertura desta quinta-feira (06/abr), a cotação foi de R$5,4913. Portanto, houve estabilidade do Real frente à moeda europeia, ante desvalorização vista nas duas últimas semanas.
Com relação ao dólar, a moeda europeia ganhou força esta semana, mantendo a trajetória das últimas duas semanas. A cotação do euro na moeda estadunidense passou de US$1,0847 na segunda (03) para US$1,0907, nesta quinta (06). Portanto, vimos uma valorização do Euro de aproximadamente 0,6% (leia-se: é preciso mais dólares para comprar um euro).
Na Europa, o enredo é o mesmo das últimas semanas: inflação elevada, risco com a guerra na Ucrânia, estiagem e potenciais problemas com a elevação recente da taxa de juros.
As leituras prévias dos índices de preços aos consumidores mostraram que a inflação na Europa permanece mais viva que nunca. Dados vindos das quatro maiores economias da Zona do Euro (Alemanha, França, Itália e Espanha) mostram evolução dos preços a despeito dos esforços do Banco Central Europeu (BCE) em conter o aumento da inflação.
Esse cenário em que a inflação está propagada pelas maiores economias do bloco é potencialmente problemático para a autoridade monetária local. Antes, ao longo de 2022, nós vimos um quadro de inflação mais agudo em economias menores como nos países bálticos (Letônia, Lituânia e Estônia), mas agora, em 2023, a inflação tem se mostrado mais forte nas economias centrais.
Além dessa contaminação de diversas economias, o aumento de preços agora está disseminado por mais produtos e serviços oferecidos aos consumidores europeus. O núcleo da inflação (que expurga dos índices os preços mais voláteis como os dos combustíveis e dos alimentos) não para de subir e isso mostra que o BCE tem um longo caminho pela frente.
Confira no De Olho no Câmbio #219 a relação Real vs Dólar e do Real vs Libra Esterlina.
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