A libra esterlina abriu o pregão de segunda-feira (31/out) cotada a R$6,1785. Já na abertura desta sexta-feira (4/nov), a cotação registrada da libra foi de R$5,7087. Trata-se de uma forte apreciação do Real em relação à moeda britânica de aproximadamente 7,6%, revertendo significativamente o movimento da semana anterior.
Já em relação ao dólar, a moeda britânica perdeu força, e passou a valer US$1,1160 após ter iniciado a semana cotada em dólar a US$1,1613. Portanto, a libra esterlina registrou uma depreciação de aproximadamente 3,9% em relação à moeda americana (leia-se: é preciso menos dólares para comprar uma libra).
No Reino Unido, tivemos uma semana marcada pela alta de juros por parte do Bank of England (BoE). A autoridade monetária elevou a taxa básica de juros de 2,25% para 3% ao ano. Esse 0,75 ponto porcentual foi a maior alta de juros no país desde 1989 e é parte do esforço para retomar a trajetória da inflação para a meta de 2%.
O índice de preços ao consumidor foi de 10,1% no acumulado de 12 meses até setembro. A taxa é a maior para o período desde 1982. O BoE já anunciou que a inflação deve alcançar os 11% ainda neste trimestre até dezembro de 2022.
Em meio aos desafios macroeconômicos, o novo governo mal assumiu e já entrou em polêmicas. Suella Braverman, a ministra do Interior do Reino Unido, foi vastamente criticada esta semana, até mesmo por aliados, após ter se referido ao movimento de migração para o país como “invasão”.
A postura de Braverman pode dificultar a vida do recém empossado primeiro-ministro Rishi Sunak, que busca conter uma das maiores crises já vividas pelo país.
Confira no De Olho no Câmbio #197 a relação Real vs Dólar e do Real vs Euro.
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