O câmbio do dia tende a ser beneficiado positivamente pelo programa de reformas e pelo leilão do pré-sal
Após ter aberto o dia cotado a R$ 4,0126, o Dólar comercial fechou a segunda-feira cotado a R$ 3,9935, em linha com a nossa estimativa de curto prazo. Já o Euro apresentou uma desvalorização mais pronunciada frente à moeda brasileira. Após abrir a segunda-feira em R$ 4,4651, a moeda europeia fechou o dia cotada a R$ 4,4226, também em linha com a nossa estimativa diária. O Dólar abriu essa terça-feira cotado a R$ 3,9932 e o Euro sem alteração quanto ao valor de fechamento.
Agenda de hoje
No Brasil o mercado estará atento a divulgação dos dados referentes ao fluxo cambial brasileiro, e ao índice de commodities, ambos divulgados pelo Banco Central do Brasil. O leilão do pré-sal de hoje às 10h da manhã tabém está no radar. Além destes indicadores, também está no nosso radar a divulgação dos dados de produção e venda de veículos referente ao mês de outubro. Fator relevante também para o câmbio nacional é a forma como o mercado irá digerir o amplo pacote de medidas anunciado ontem pelo Ministro da Economia, paulo Guedes.
No exterior, mais discursos de de membros do Federal Reserve estão na agenda, além de indicadores antecedentes de atividade econômica como, por exemplo, os PMIs compostos da Alemanha e da Zona do Euro.
Perspectivas para o dia
Real x Dólar
É importante ressaltar que em dois meses – de agosto a outubro – o Banco Central do Brasil já ‘queimou’ US$ 20 bilhões em reservas internacionais na tentativa de conter o processo de desvalorização do Dólar. Portanto, espera-se que agenda de reformas apresentada ontem por Guedes aja pela valorização do Real frente ao Dólar, a despeito de toda a dificuldade que as matérias terão para serem aprovadas. Há um pequeno ‘risco’ de reversão de tendência em função dos desdobramentos políticos envolvendo a família Bolsonaro e o leilão do pré-sal.
Real x Euro
Uma agenda relativamente tranquila na Europa condicionará o movimento do câmbio BRL/EUR pela agenda doméstica, que agirá em favor da moeda brasileira. Espera-se, portanto, mais desvalorização do Euro por aqui.
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, com passagens pelo setor público.