O segundo mandato de Donald Trump adota uma política econômica ambígua: enquanto impõe barreiras comerciais a parceiros externos, promete cortes de impostos, redução de gastos públicos e menor intervenção estatal. Na prática, a estratégia visa onerar outros países enquanto concede benefícios apenas aos americanos.
Para incentivar a volta de empresas aos EUA, Trump aposta em uma política tarifária volátil, alternando entre anúncios e recuos de novas taxações. Mesmo com o risco de elevação dos custos produtivos e ao consumidor, insiste na ideia de recriar um superávit comercial, além de fortalecer o dólar como referência global. Trump, com essa política, retoma iniciativas protecionistas em um mundo globalizado e com cadeias de comércio complexas – esse modelo de política econômica parece anacrônico.
Os mercados, no entanto, reagem com desconfiança. Ontem (10/03), a Nasdaq caiu 4%, no pior dia desde 2022, e as bolsas de Nova York acumulam o pior desempenho em um início de governo desde 2009. O motivo? Investidores temem inflação e risco de recessão, enquanto a política de tarifas instáveis só aumenta a incerteza.
As novas tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio impostas pelos Estados Unidos entram em vigor na próxima quarta-feira (12), afetando diretamente o Brasil e outros parceiros comerciais. A medida representa um obstáculo significativo para as exportações brasileiras, especialmente em setores que mantêm uma relação comercial estreita com o mercado norte-americano.
Nos últimos cinco anos, os EUA acumularam um superávit comercial médio de US$6 bilhões em relação ao Brasil. No intercâmbio de produtos ligados à cadeia do aço – como carvão, aço e maquinário – o comércio bilateral movimentou US$7,6 bilhões, com um saldo positivo de US$3 bilhões para os norte-americanos, segundo o Instituto Aço Brasil. Já no setor de alumínio, os EUA são um destino estratégico para a indústria nacional, absorvendo 16,8% das exportações brasileiras do metal.
Com a perda de competitividade nos EUA, parte da mercadoria pode ser direcionada para o mercado interno, aumentando a oferta no curto prazo. Embora essa possibilidade gere expectativas sobre uma eventual redução de preços internos, o cenário mais provável é que os exportadores busquem alternativas em mercados como a China ou outros destinos estratégicos dado que é mais rentável.
O Bitcoin (BTC) segue em queda e opera abaixo dos US$ 80 mil, consolidando um cenário de maior pressão para o mercado de criptomoedas. Com a perda desse suporte psicológico, a maior moeda digital do mundo tem espaço para recuar ainda mais. O BTC já se aproxima da chamada “zona dos ursos”, caracterizada por uma desvalorização superior a 30% desde a máxima histórica. Atualmente, o ativo acumula uma queda de 28,3% em relação ao pico de US$109.114, ampliando a preocupação dos investidores.
Enquanto persistirem as incertezas geopolíticas, como tarifas comerciais, conflitos internacionais e juros elevados nas principais economias do mundo, o cenário para o Bitcoin deve seguir pressionado. Além disso, o mercado segue atento a possíveis sinalizações de Donald Trump em relação ao setor, algo que ainda não ocorreu de maneira efetiva.
O Itaú (ITUB4) se destaca como uma das principais opções para investidores focados em dividendos, impulsionado por seu lucro líquido gerencial de R$10,88 bilhões no quarto trimestre de 2024, um crescimento de 15,8% em relação ao ano anterior. Já a Telefônica Brasil (VIVT3) chama atenção pelo forte crescimento de receita e estabilidade nos investimentos, o que deve garantir uma expansão consistente do fluxo de caixa nos próximos anos.
Outras empresas bem posicionadas para o pagamento de proventos incluem Banco do Brasil (BBAS3), Copel (CPLE6), Isa Cteep (TRPL4), Porto Seguro (PSSA3) e Vale (VALE3). Todas possuem histórico sólido de distribuição de dividendos e perspectivas favoráveis para 2025.
O cenário cambial do real segue marcado por incertezas. Após a forte valorização nos primeiros meses do ano, a moeda brasileira perdeu fôlego em março, oscilando em torno de R$5,83 — ainda abaixo dos R$6,20 registrados em dezembro. A crescente incerteza no cenário externo tem sido um fator determinante para essa recente desvalorização.
No caso do euro, o Banco Central Europeu voltou a cortar juros diante das dificuldades econômicas da região. No entanto, a moeda não perdeu força. O novo premiê alemão, Friedrich Merz, anunciou planos para alterar a Constituição do país e permitir um aumento nos gastos com segurança, com isso, o euro passou a se valorizar fortemente.
No Reino Unido, o índice PMI de fevereiro indicou uma leve expansão da atividade econômica, enquanto o mercado aguarda a próxima decisão de juros do Banco da Inglaterra. Caso a autoridade monetária adote uma postura mais conservadora, a libra pode se fortalecer frente ao real.
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