O Copom aumentou a taxa Selic para 13,25%, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação à taxa que estava em 12,75%. O Comitê de Política Monetária do Banco Central, definiu o ajuste na taxa básica de juros nesta quarta-feira, 15 de junho, em sua quarta reunião em 2022.
Vem entender os detalhes do aumento da taxa Selic no post de hoje.
O aumento não chega a ser uma surpresa e já era esperado por diversos analistas do mercado financeiro baseado nos dados da última reunião do Copom, em abril, quando o Banco Central anunciou que pretendia elevar a taxa novamente, ainda que em menor intensidade que o aumento anterior, de 1 ponto percentual.
Vale destacar que com 13,25% ao ano, a Selic atinge o maior patamar desde 2016, quando estava em 13,75%.
O principal objetivo do aumento na Selic nesta quarta-feira, 15 de junho, é um esforço para tentar conter o avanço da inflação no país. O IPCA — a inflação oficial do país — ficou em 0,47% em maio, resultado que era de desaceleração em relação a abril, mas que ainda assim havia chegado a um aumento acumulado de 11,73% em doze meses.
A reunião do comitê começou ontem, dia 14, e terminou hoje, com a divulgação da nova taxa, definindo a elevação da Selic de 12,75% para 13,25%, correspondendo à expectativa de inúmeras instituições.
O relatório anterior do Boletim Focus elevou a previsão de inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 8.89% para 9% em 2022.
Diante desse cenário, a expectativa era mesmo de que a Selic chegaria aos 13,25% ao ano.
Apesar disso, muitos esperam que este seja o último aumento do ano, fazendo com que a taxa permaneça neste nível até o fim de 2022.
A reunião anterior do Copom, realizada em 03 e 04 de maio, terminou com a sinalização de um possível fim desse ciclo de aumentos da Selic, após seguidos períodos de alta.
Um grande dificultador desse processo é a inflação brasileira, impactada por questões econômicas nacionais, políticas e até mesmo mundial, frente, por exemplo, à guerra entre Rússia e Ucrânia.
A guerra entre os dois países impactou os mercados globais e, claro, o Brasil, com o aumento nos combustíveis, no preço dos fertilizantes e de diversos produtos e mercadorias importados.
Vale destacar outro item que também está sendo observado por analistas do mercado: o risco fiscal. O que acontece é que com a alta dos preços dos combustíveis e levando em consideração o ano eleitoral, o governo Bolsonaro anunciou uma proposta para compensar estados com perda de arrecadação do ICMS sobre combustíveis.
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022 é bastante polêmico e propõe limitar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 17%, tornando combustíveis, energia elétrica, transportes e telecomunicações como itens essenciais.
A proposta ainda prevê que a União, além de ter zerado impostos federais como CIDE e Pis/Cofins, pague a diferença do ICMS aos estados e municípios.
O risco fiscal, inclusive, com o impacto das mudanças tributárias, pode fazer com que a Selic chegue ao indesejado patamar de 15% ao final do ano.
A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária ) acontece nos dias 2 e 3 de agosto de 2022, com novas discussões e análises sobre o valor da Selic.
Os membros do Copom decidirão novamente se a Selic permanecerá em seu patamar, se vai diminuir ou se vai aumentar.
No final do segundo dia de reunião, ou seja, dia 03 de agosto, no fim do dia, o comitê vai divulgar sua decisão.
Confira o calendário com as próximas reuniões do COPOM:
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