O Fórum Econômico Mundial, em Davos, aconteceu ao longo de toda a semana e apresentou movimentações interessantes. O ministro Paulo Guedes discursou pedindo bons olhos do mercado para com o Brasil e os representantes do Reino Unido tentam acordos com o Mercosul.
O impeachment do presidente Trump segue seu rito e mexe com as opiniões e perspectivas. Zona do Euro permanece preocupada com o crescimento econômico. Reino Unido vai pra Davos preparado para começar a estabelecer acordos comerciais. Acompanhe os desdobramentos desses acontecimentos sobre as principais moedas globais.
Com o processo de impeachment do presidente Donald Trump no Senado, os olhares do mercado estão atentos sua desdobramentos desse que é o terceiro julgamento de um presidente da história dos EUA.
Em linhas gerais, as expectativas são de que o processo não vingará e Trump seguirá presidente até o final de seu mandato. Contudo, as idas e vindas do processo tem gerado desgastes e colocado dúvidas até para os analistas mais experientes. Em suma, permanece no ar a possibilidade de Trump efetivamente sair do mais alto posto do executivo americano.
Além disso, holofotes também foram lançados para Davos e o encontro anual do Fórum Econômico Mundial que, em 2020, não contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
Mas o ministro da economia, Paulo Guedes, esteve presente em Davos e garantiu que empresários e investidores direcionassem um olhar especial para o Brasil.
Guedes anunciou mudanças na política de compras governamentais, permitindo que estrangeiros participem, e também discutiu as perspectivas para as próximas reformas, incluindo a tributária.
De todo modo, a notícia parece não ter causado grande impacto, uma vez que o fortalecimento do dólar foi destaque de desempenho nesta semana. A moeda norte-americana saiu dos R$ 4,1654 na abertura do pregão de segunda-feira (20) e atingiu R$ 4,1658 na abertura do pregão desta sexta-feira (24). Contudo, nos primeiros minutos do pregão, a cotação já havia atingido R$ 4,1852.
O ano começou sem surpresas para a economia da zona do euro. E a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde tem grandes preocupações.
Segundo o BCE, o setor industrial continua um fardo para a economia europeia. O PMI de indústria chegou ao 12º mês abaixo de 50, registrando 47,8 pontos e indicando que a economia permanece frágil e atolada na lama.
Nesse sentido, na quinta-feira (23), o BCE iniciou uma ampla revisão de sua política monetária. A expectativa é de que o órgão europeu consiga redefinir sua missão e como alcançá-la.
Dito isto, a moeda europeia abriu a semana cotada a R$ 4,6161. Na abertura desta sexta-feira (24), a cotação foi de R$ 4,6111, uma leve apreciação de 0,11% do real frente à moeda europeia.
A Rainha Elizabeth II promulgou o Brexit, afirmando a saída do Reino Unido oito dias antes do prazo final. Agora, a nação britânica volta suas atenções para estabelecer acordos comerciais.
E o Fórum em Davos foi palco para o Reino Unido começar suas jogadas. Os britânicos buscaram, dentre outros, acordos com o Mercosul para comprar produtos agrícolas.
A perspectiva é positiva para o Brasil e mostra o “apetite” britânico em retomar sua trajetória de crescimento.
Com isso, a libra esterlina abriu a semana cotada a R$ 5,4117. Nesta sexta (24), o real seguiu trajetória de depreciação em relação à libra, registrando, na abertura, a cotação de R$ 5,4717, uma apreciação semanal de 1,11% da libra.
A semana foi um pouco mais tranquila e até certo ponto otimista se comparada ao conturbado início de 2020 e suas perspectivas de guerra e afins.
Com exceção do impeachment de Trump e das preocupações com o crescimento econômico europeu, podemos dizer tranquilamente que a semana teve um viés positivo.
De todo modo, como imaginamos nas semanas anteriores, o real manteve sua cotação em relação ao dólar acima dos R$ 4,15.
Considerando as perspectivas para as próximas semanas, tudo mais mantido constante, podemos ver o real ficar entre R$ 4,10 e R$ 4,15, com grande possibilidade dele se manter no atual patamar.
Seguimos de olho.
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, com passagens pelo setor público.
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