Visão Geral
O dólar comercial fechou a terça-feira (30) com variação de -0,4%, valendo R$5,6120, após ter começado o dia cotado a R$5,6342. O euro fechou o pregão com variação de -0,2%, valendo R$6,0689 após ter iniciado o dia em R$6,0783.
O dólar iniciou esta quarta-feira (31) cotado a R$5,6251 e o Euro abriu o dia cotado a R$6,0690.
Acompanhe nossa análise diária.
Agenda de hoje
Exterior
- 01h00 – Japão – Decisão de política monetária
- 06h00 – Área do Euro – Índice de preços ao consumidor (jul) – preliminar
- 15h00 – EUA – Fed – Decisão de política monetária
- 15h30 – EUA – Discurso de J. Powell
Brasil
- 09h00 – IBGE: PNAD Contínua (jun)
- 10h15 – FGV: Indicador de Incerteza da Economia (jul)
- 14h30 – BCB: Fluxo Cambial (semanal)
- 18h30 – BCB: Decisão de política monetária
Perspectiva para o dia
Real x Dólar
Esta quarta-feira (31) promete ser um dia bastante movimentado no cenário econômico, marcado pela chamada “Superquarta” devido às decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de junho. O consenso de mercado prevê que a taxa de desemprego recue a 6,9% no trimestre encerrado em junho.
Às 18h30, o Banco Central anunciará a nova taxa básica de juros (Selic), que é o principal evento econômico do dia no Brasil. Segundo as expectativas do mercado, a taxa deve ser mantida em 10,50%.
No entanto, o foco estará no teor do comunicado divulgado após a reunião, que pode trazer uma mensagem mais dura em relação aos riscos inflacionários decorrentes da desvalorização cambial e das preocupações com a política fiscal. Esse comunicado será essencial para a formação de expectativas quanto aos próximos passos da política monetária.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) também anunciará sua decisão de política monetária, seguida pelo discurso do presidente Jerome Powell. Assim como no Brasil, a taxa de juros americana deve permanecer inalterada, em 5,50%.
O mercado estará atento às falas de Powell, que devem esclarecer como o Fed entende a dinâmica inflacionária atual, especialmente considerando que o Índice de Preços ao Consumidor mais usado pelo Fed, o PCE, está se aproximando da meta, mas o nível de atividade econômica e o mercado de trabalho continuam robustos.
Outro elemento que deve trazer volatilidade ao mercado de câmbio nesta quarta-feira vem do Japão. O Banco Central local decidiu por aumentar a taxa básica de juros em 15 pontos base, a 0,25% ao ano. A decisão do Bank of Japan já reflete sobre a cotação da moeda nipônica e pode trazer intensa volatilidade aos mercados ao longo do dia.
Os mercados iniciam o dia sem uma direção quanto à cotação entre real e dólar, com os investidores aguardando as decisões de juros dos dois países para ajustar suas posições.
Real x Euro
A quarta-feira (31) começou movimentada no cenário econômico global. No Japão, o Banco do Japão (BoJ) decidiu aumentar a taxa de juros para 0,25%, um acréscimo de 0,15 pontos percentuais.
Além disso, o banco anunciou que reduzirá suas compras mensais de títulos do governo japonês (JGB) para 3 trilhões de ienes entre janeiro e março de 2026. Essas medidas visam reduzir os estímulos monetários intensos que vinham sendo aplicados, até recentemente com juros negativos.
Na Área do Euro, a leitura preliminar do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de julho mostrou estabilidade em relação ao mês anterior. Com isso, o IPC anual marcou 2,6%, e o núcleo do IPC, que exclui itens voláteis, avançou para 2,9% em termos anuais.
Além disso, os mercados europeus estarão atentos à decisão de juros nos Estados Unidos e ao comunicado que será divulgado após a reunião do Federal Reserve (Fed). Diferentemente dos EUA, a atividade econômica na Europa continua fraca, o que pode favorecer um corte de juros na próxima reunião do Banco Central Europeu (BCE). Este movimento seria facilitado caso o Fed indique a possibilidade de um corte de juros próximo.
Com isso, o mercado inicia o dia sem uma direção, com os agentes aguardando a decisão de juros americana e o comunicado do Fed para ajustarem suas projeções e expectativas.
Seguimos de olho!