Quer ganhar dinheiro a curto ou médio prazo? Conheça o swing trade e entenda como essa operação funciona.
No mercado financeiro, existe uma série de estratégias de investimentos. Quem busca resultados a curto e médio prazo precisa focar no swing trade. Afinal, essa filosofia permite operar na bolsa de valores e ter ganhos mais rápidos, com potencial de rentabilidade elevado.
Ao mesmo tempo, é fundamental conhecer bem o tema. É pouco recomendado que um investidor iniciante seja trader. Isso porque ele pode ter um grande prejuízo, já que a operação é bastante arriscada.
Então, será que esse tipo de trade vale a pena? A verdade é que tudo depende do seu perfil de investidor e dos objetivos traçados. Por isso, é necessário conhecer bem o swing trade para decidir se essa é a melhor estratégia para você.
Para ajudar nessa empreitada, criamos este conteúdo completo, com tudo o que você precisa saber.
Veja o que será abordado no artigo:
- Como funciona o mercado de capitais?
- O que é swing trade?
- Quais são as vantagens e as desvantagens?
- Quem pode operar?
- Como é a rotina do swing trader?
- Quais são as diferenças entre swing trade e day trade?
- Quais são os livros sobre o assunto?
Como funciona o mercado de capitais?
O mercado de capitais é o ambiente de negociação de ativos. Ele é formado pela bolsa de valores e instituições financeiras, como os bancos de investimento. Portanto, todas as operações de trading são feitas nesse local.
Entre os principais exemplos de ativos desse mercado estão:
- ações;
- fundos imobiliários;
- Exchange Traded Funds (ETFs), também chamados de fundos de índice.
Cada um dos ativos do mercado de capitais tem as suas características. No entanto, todos apresentam certa volatilidade. Afinal, esse ambiente sofre muitas oscilações durante o dia. Com isso, o risco das transações é mais elevado.
Ao mesmo tempo, o potencial de ganhos também é maior. Isso porque risco e rentabilidade têm uma relação positiva. Ou seja, quanto maior for um, maior é a chance do outro também acontecer.
Essa explicação ajuda a entender como o swing trade está relacionado ao mercado de capitais. Na verdade, essa é uma filosofia de investimento utilizada nesse ambiente, que abrange ativos da renda variável.
Além disso, o trader utiliza a volatilidade a seu favor. Na prática, ele acompanha a movimentação do mercado para potencializar seu rendimento no curto ou médio prazo. Porém, isso ficará mais claro a seguir.
O que é swing trade?
O swing trade consiste em uma estratégia que foca operações de curto prazo. Todas são realizadas no mercado de capitais. Assim, o objetivo é monitorar as altas e as quedas dos preços dos ativos. Dessa forma, lucrar o máximo possível com transações que duram apenas alguns dias ou poucas semanas.
Para acompanhar os movimentos e identificar tendências, o trader utiliza ferramentas específicas da análise técnica, também chamada de análise gráfica. Assim, o especulador avalia os gráficos e identifica o histórico da variação de preços dos ativos e as tendências para o momento.
As operações de swing trading envolvem ações, contratos futuros, opções e outros ativos. Inclusive, mini dólar e mini-índice, que consistem em contratos menores e mais acessíveis, com prazos de vencimento estabelecidos. Ou seja, fazem parte dos contratos futuros.
Devido às características da operação, o swing trade é arriscado. Por isso, é recomendado para investidores com perfil arrojado. Contudo, é uma estratégia que permite agir menos por impulso, já que o especulador tem alguns dias para decidir o que fazer.
Por sua vez, também exige um bom gerenciamento de riscos. É fundamental conhecer e utilizar as ferramentas disponíveis. Por exemplo, stop loss e stop gain. Assim, é possível limitar as perdas e aumentar a chance de atingir bons resultados.
Ainda é preciso destacar que não existe valor mínimo para operar no swing trade. Teoricamente, é possível investir a partir de R$ 2. Portanto, é uma estratégia que costuma ser acessível para todos. Sem contar que existe a margem de garantia.
Esse é um valor inicial disponível que permite alavancar suas operações. Ou seja, você investe uma quantia mais alta do que efetivamente tem em conta. Quando bem gerenciada, essa é uma alternativa que ajuda a potencializar seus ganhos.
Quais são as vantagens e as desvantagens do swing trade?
Assim como todo investimento financeiro, o trading também tem pontos positivos e negativos. No caso das operações de curto e médio prazo, há benefícios e desvantagens que precisam ser considerados.
A seguir, apresentamos quais são os principais aspectos a analisar.
Vantagens
O principal ponto positivo é o fato do swing trader ter mais tempo para tomar suas decisões. Assim, ele não precisa “acertar” ou “adivinhar”, por meio dos gráficos, qual será o movimento do ativo no dia. Portanto, as operações são mais racionais e servem para identificar tendências de curto e médio prazo.
Essa característica de intervalos mais longos traz outra vantagem: o especulador não precisa ter dedicação exclusiva. Ou seja, ele pode ter outras atividades, trabalhar em mais lugares etc. e ainda lucrar com essas negociações em paralelo.
Portanto, o swing trade é uma estratégia mais atrativa para quem não pode ter a bolsa como única fonte de renda. Isso porque não exige que o especulador fique acompanhando o mercado financeiro durante todo o pregão.
Ao mesmo tempo, essa situação tende a gerar menos estresse. Isso porque não é necessário sair de todas as posições no final do dia. Assim, você consegue ter um potencial de lucros maior, sem precisar fazer movimentos muito rápidos.
Outro ponto se refere aos custos. Eles são mais baixos do que operações de curtíssimo prazo. Não por as taxas serem menores, mas sim por exigirem um número maior de transações. Explicando: cada compra e venda na bolsa de valores está sujeita à taxação.
Por exemplo, a corretora de valores aplica a taxa de corretagem. Ela pode ser um valor fixo ou variar de acordo com um percentual da operação. Algumas instituições financeiras também cobram a custódia, isto é, uma remuneração para a guarda dos ativos. Enquanto isso, a bolsa faz a cobrança de emolumentos. Ao realizar várias transações, você terá que arcar com um custo efetivo mais alto.
Por fim, o swing trade é acessível. Em vez de você precisar aplicar um montante alto, pode começar adquirindo ações a partir de R$ 2. Isso faz com que a estratégia de investimento possa ser adotada por qualquer pessoa, até mesmo aquela iniciante no mercado de capitais.
Ainda assim, vale a pena destacar que essas operações são mais indicadas para quem já tem conhecimento do mercado. De toda forma, se você opera há algum tempo e quer testar, o swing trade pode ser um bom começo.
Desvantagens
Ao mesmo tempo, o swing trade também apresenta riscos. Tanto é que o potencial de prejuízos também é elevado. Nesse sentido, é fundamental que o especulador tenha disciplina e siga suas estratégias. Ou seja, respeitar os stops definidos.
Isso porque eles permitem frear as atitudes intempestivas do especulador. Afinal, o investidor precisa aceitar as perdas e operar de forma estratégica. Portanto, vendas e compras nunca devem ser feitas com base em decisões aleatórias ou por medo. Como o intervalo de tempo considerado é maior, é importante ter paciência.
Da mesma forma, é necessário evitar o prolongamento excessivo da operação. Esse cenário faz com que os ganhos já obtidos possam ser perdidos. Assim, se você alcançou o seu propósito, saia da posição. Além disso, nunca se mantenha posicionado para tentar reverter um prejuízo para não aumentar as perdas.
Também há outras desvantagens. Além dos custos cobrados — é preciso verificar a cobrança da custódia e como a taxa de corretagem incide —, as operações estão sujeitas ao Imposto de Renda (IR). O tributo é aplicado sobre o lucro com uma alíquota de 15%.
O pagamento é mensal, feito por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). Porém, vale a pena destacar que existe a isenção do IR para os especuladores que movimentarem até R$ 20 mil por mês.
Mais do que tudo isso, há muita volatilidade no swing trade. Ou seja, a mesma característica que faz você ter ganhos mais rápidos também pode gerar prejuízos elevados. Novamente, o foco deve ser o gerenciamento de riscos.
Quem pode operar swing trade?
Qualquer investidor tem a capacidade de realizar operações de trading. No entanto, é melhor ter um perfil arrojado. Além disso, é necessário conhecer alguns pré-requisitos. Eles ajudam a identificar se essas operações são adequadas a você.
Veja quais são:
- finanças organizadas. Ou seja, você já deve ter uma reserva de emergência, como determina as boas regras da educação financeira;
- flexibilidade para correr riscos;
- conhecimento do mercado de capitais;
- compreensão da análise técnica e da fundamentalista — essa última é voltada ao longo prazo, mas pode ser usada para filtrar a compra de ativos.
Como é a rotina de um swing trader?
O swing trader pode ter outras atividades. No entanto, no que se refere à sua rotina na bolsa de valores, tudo começa com a identificação do nível de confiança na bolsa de valores. Além disso, ele analisa a situação do setor e de suas posições.
Então, o especulador verificará os gráficos para identificar oportunidades. A ideia é comprar o ativo após uma ruptura e vender perto da resistência.
Para quem é iniciante, é melhor usar o simulador do home broker nos primeiros dias. Depois, o sugerido é fazer aplicações de valores mais baixos.
O tempo para fazer as operações pode ser curto, cerca de 20 minutos por dia. Tudo depende dos ativos comprados e da estratégia desenhada. De toda forma, é necessário ter consciência das suas ações e dos momentos do mercado. Assim, terá menos problemas com o swing trading.
Quais são as diferenças entre swing trade e day trade?
Apesar de serem duas modalidades de trading, esses termos se referem a operações diferentes. A maior distinção entre elas é o tempo de duração das movimentações.
Como já explicamos, o swing trade foca o curto e o médio prazo. Enquanto o day trade abrange movimentos de curtíssimo prazo. Por isso, elas duram apenas alguns minutos ou horas.
Ambas as estratégias utilizam a análise técnica para fundamentar suas decisões. Porém, o curtíssimo prazo atenta à volatilidade diária dos ativos. Por sua vez, o curto e o médio prazos focam nas tendências do mercado financeiro.
Isso leva a uma diferença na observação dos gráficos. Os day traders avaliam o intraday. Assim, cada ponto representa um comportamento de preço em intervalos curtos. Por exemplo:
- 1 minuto;
- 5 minutos;
- 15 minutos;
- 30 minutos;
- 60 minutos.
Portanto, as tendências são analisadas no curto prazo. Por sua vez, no swing trading é possível avaliar o gráfico intraday, mas também abranger períodos mais longos. Com isso, cada ponto indica a variação do preço do ativo em períodos de 1 dia ou 1 semana.
Quais são os livros sobre swing trade?
Existem várias formas de conhecer e se aprofundar nesse assunto. No entanto, alguns livros trazem um contexto mais amplo, que permite aplicar essa estratégia com mais chance de sucesso. Alguns deles são:
- Swing trade: como e quando operar, de André Moraes, da InfoMoney;
- Swing trade: facilitando a forma de ganhar dinheiro no mercado financeiro, de João Victor Haro;
- How to swing trade: a beginner’s guide to trading tools, money management, rules, routines and strategies of a swing trader, de Brian Pezim;
- Aprenda a operar no mercado de ações: um guia completo para trading, de Alexander Elder.
Com todas essas informações, você já pode começar a operar com swing trade. Apesar de ser uma estratégia arriscada, é válida para muitas situações. Por isso, vale a pena considerá-la para potencializar seus ganhos e alcançar melhores resultados.
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Resumindo
Significa fazer operações de curto ou médio prazo, que duram apenas alguns dias ou semanas.
Tudo depende da estratégia utilizada. Porém, é fundamental ter disciplina e fazer um bom gerenciamento de riscos.
É preciso adquirir os ativos e acompanhar as tendências do mercado para identificar o melhor momento para sair da posição.
O swing trade abrange operações de alguns dias ou semanas, enquanto o day trade realiza movimentações de apenas alguns minutos ou horas.