Não sabe se título de capitalização vale a pena? Então, tire suas dúvidas e entenda o funcionamento desse tipo de crédito!
Tem se questionado se o título de capitalização vale a pena? Muitos brasileiros têm a mesma dúvida. Ele é vendido como uma opção de investimento com aportes programados, proporcionando vantagens aos contratantes.
O título de capitalização é disponibilizado por diferentes instituições financeiras, como bancos, seguradoras e fintechs. Muitos usuários os utilizam com a finalidade de guardar dinheiro e concorrer a prêmios.
A questão, no entanto, é que quando se fala sobre rendimentos, no geral, é crucial redobrar a atenção. É necessário verificar se vale a pena apostar nesse formato de crédito e avaliar o nível de risco embutido nele.
Por isso, preparamos este conteúdo completo para mostrar se o título de capitalização vale a pena. Além disso, você verá se é uma boa ideia investir. Continue a leitura e entenda!
O que é título de capitalização?
O título de capitalização é uma reserva financeira programada, geralmente oferecido por instituições financeiras, com prazo pré-estabelecido. Ao final, você pode reaver toda a quantia paga.
Ao longo desse tempo de contribuição, que pode durar meses ou anos, você participa automaticamente de sorteios. Eles são realizados pela própria instituição que lhe vendeu o título. As condições do prêmio variam de empresa para empresa.
As quantias chegam a cobrir em até 10 mil vezes o total da última parcela paga do seu título. Por exemplo, se o pagamento é de R$ 100, você tem chances de ganhar até R$ 1 milhão. Contudo, algumas instituições financeiras também optam por prêmios extras para se diferenciar da concorrência e atrair mais clientes.
É o caso de pontos em programas de fidelidade para troca por produtos e serviços da sua escolha. Outro exemplo é o sorteio de diferentes itens, como eletrônicos e eletrodomésticos.
Portanto, vale a pena pesquisar sobre o assunto para avaliar qual instituição lhe traz mais vantagens e avaliar se o título de capitalização vale a pena.
Quais são os tipos de título de capitalização?
As instituições podem comercializar diferentes títulos de capitalização conforme decisões administrativas internas. Cada um deles conta com finalidade e regras distintas. A seguir, explicamos os quatro principais para você conferir se o título de capitalização vale a pena. Veja!
1. Tradicional
O modelo tradicional é aquele em que o titular recebe o valor total dos pagamentos efetuados mais os juros acrescidos do rendimento. Isso ocorre ao final do prazo do contrato e é o modelo mais usual ao qual os clientes recorrem. Essa é a melhor opção para quem pretende seguir o período contratado à risca e tem como arcar com essas despesas sem problemas.
2. Popular
No modelo popular, o titular recebe de volta apenas parte do valor pago à instituição. A motivação para tal é que, durante a vigência do contrato, ele participa de sorteios e concorre a diversos prêmios. Assim, existe a possibilidade de ganhos extras ao longo das contribuições. Porém, sem pagar nada a mais por isso.
3. Compra programada
Com a compra programada, você pode escolher, no momento da contratação, como receberá o valor investido, seja em dinheiro, seja em produtos ou serviços específicos. São feitos sorteios regulares e quem for sorteado recebe o pagamento indicado, além do saldo que já foi aplicado regularmente.
4. Incentivo
No caso do incentivo, o título está vinculado a um sorteio ou promoção de agências bancárias e instituições de crédito. Ou seja, aqui você não tem acesso ao valor investido, já que o foco é a obtenção do prêmio. Para concorrer a ele, é preciso estar com os pagamentos em dia. Portanto, é incentivado constantemente a adimplência dos consumidores.
Quem regulariza os títulos de capitalização?
O órgão responsável pela regularização da oferta dos títulos de capitalização é a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Ela também credencia seguros e a previdência complementar em território nacional.
Portanto, a instituição bancária ou financeira, ao decidir ofertar um ou mais títulos à sua base de clientes, deve sempre registrá-los junto à entidade. Dessa forma, a SUSEP avalia e aprova os títulos disponíveis no mercado.
Como os títulos de capitalização funcionam?
Ao contratar um título de capitalização, o banco passará a descontar um valor da sua conta, mensalmente, destinado à aquisição. Durante a vigência, você participará de sorteios de prêmios. Ao terminar o prazo, você resgata todo o dinheiro investido.
Os títulos de capitalização funcionam como um investimento a longo prazo. Com suas devidas particularidades, eles têm características que valem sua atenção, como suas regras, tipos de prazo e rendimentos.
Confira as particularidades desse contrato a seguir.
1. Prazo
Ao contratar um título de capitalização, é preciso se atentar a três tipos de prazo aplicáveis, que são pagamento, vigência e carência.
Veja:
- pagamento — prazo em que o contratante deverá fazer os pagamentos acordados;
- vigência — prazo entre o início e o término do contrato;
- carência — prazo mínimo em que o valor deve se manter aplicado, caso contrário, pagará multa de até 10% sobre o valor pago.
2. Rendimento
O valor do rendimento varia, mas costuma ser baixo e, em alguns casos, inexistente. Isso acontece porque é comum que ele esteja atrelado à Taxa Referencial (TR), que costuma ser próxima de zero. Somado à inflação, isso acaba resultando na perda do poder de compra, já que o resgate será do mesmo valor que foi pago, sem acréscimos.
Outro ponto importante é que a instituição só investe parte do valor pago, a chamada “cota de capitalização”. O restante é dividido entre as cotas administrativas e de sorteio, responsável pelo pagamento dos prêmios, reduzindo mais a rentabilidade.
3. Tempo de resgate
O tempo de resgate varia conforme as características do contrato. De forma que pode ou não incluir o tempo de carência. Se deseja contratar um título, é fundamental escolher um prazo em que você não arrisca pedir antecipadamente o valor investido para não pagar multas.
O título de capitalização é assegurado pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC)?
O título de capitalização não está incluído no Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Além dele, também não há cobertura para previdência privada, clubes de investimento e fundos de investimento. Ainda entram nessa lista os casos de depósitos comuns e judiciais, empréstimos, valores provenientes do exterior e operações financeiras associadas a programas governamentais.
O FGC é o órgão nacional responsável por resguardar a devolução do dinheiro que os cidadãos mantêm nos bancos e demais instituições financeiras. O limite máximo previsto é de R$ 250 mil tanto para PF quanto para PJ.
Portanto, é preciso se atentar. A segurança do título de capitalização dependerá da instituição financeira responsável pela comercialização dele. Desse modo, é fundamental avaliar o seu histórico.
É fundamental analisar não somente se o banco é de confiança, mas também quais são os riscos envolvidos em adquirir esse tipo de crédito em grandes valores.
Título de capitalização vale a pena?
O título de capitalização não vale a pena para quem está em busca de rendimentos. Afinal, é um investimento em que parte do dinheiro vai para custeios administrativos dos bancos e, dependendo da modalidade adquirida, pode nem ter retorno financeiro.
Além disso, o usuário corre o risco de ser penalizado caso faça algum resgate antes do prazo final, perdendo parte do valor. Contudo, existem cenários em que ele pode, sim, ser vantajoso para o cliente.
Quando é vantajoso contratar um título de capitalização?
O título de capitalização pode ser vantajoso para quem tem dificuldades em manter o dinheiro guardado na poupança. Além disso, pode ser uma alternativa para substituir os jogos de loteria, já que você recebe o dinheiro de volta ao fim do período vigente.
Veja, a seguir, quando é ideal contratar um título de capitalização!
Dificuldades em manter uma poupança
Algumas pessoas enfrentam problemas para guardar dinheiro na poupança. Não porque o procedimento seja complicado. Ao contrário, o motivo é a dificuldade em manter os valores depositados na conta, já que a liquidez dela é diária. Ou seja, com alguns cliques, é possível movimentar parcial ou totalmente o montante para diferentes finalidades.
Por exemplo:
- transferência para a conta corrente;
- saque em caixas eletrônicos;
- TED ou DOC para outros correntistas;
- Pix para compras ou pagamentos;
- saldo de cartões pré-pago.
Fora que não se perde nada do dinheiro poupado ao fazer um ou mais resgates. Você apenas deixa de ganhar (já que ele não rende). Como consequência, muita gente não consegue economizar como gostaria para cumprir os objetivos que tem.
Nesse caso, o título de capitalização pode ser uma boa saída. Vale recordar que ele conta com regras claras e específicas sobre quando você terá acesso ao montante investido — isto é, o prazo final. Algo que só acontece após você realizar todas as contribuições programadas, por exemplo.
Para completar, ainda há penalidades aplicadas em caso de retiradas antes do tempo e de descumprimento do contrato. Uma medida que pode ser uma forma de forçar a guardar os valores e deixá-los ali pelo tempo necessário.
Porém, uma dica para quem nunca fez investimento do tipo: antes de optar por essa compra, faça alguns testes. Por exemplo, tente mudar os hábitos ou investir em poupanças programadas que também funcionam com depósitos automáticos.
Alternativa para substituir os jogos de loteria
Outro cenário em que o título de capitalização vale a pena é para quem gosta de fazer jogos na loteria e/ou realizar apostas esportivas. Isso porque, nesses casos, você investe dinheiro na sorte, mas nem sempre ganha. Em algumas situações, pode até ter perdas consideráveis e gerar dívidas. Já com o título é possível reduzir os gastos.
Isso porque você retoma o dinheiro pago ao longo dos meses. Para completar, há a possibilidade concreta de ser sorteado e receber um prêmio significativo. O melhor de tudo é que o montante vem sem custos extras para o seu bolso.
Como encontrar opções melhores para investir?
No mercado, há opções melhores para investir, inclusive no exterior, para quem achar que o título de capitalização não vale a pena. A diversificação da carteira de investimentos pode ser feita por meio de fundos de investimentos, ações e imóveis.
A principal vantagem de apostar em alternativas no exterior é a aplicação ser vinculada a uma moeda mais forte que o real. Por exemplo, o dólar, o euro ou a libra. Assim, garante a manutenção do poder de compra do investidor, além de um grande potencial retorno. Por isso, é interessante pesquisar as opções existentes e o perfil necessário para cada uma. Dessa forma, você conseguirá obter os melhores rendimentos.
Para enviar e receber os valores investidos, conte com a Remessa Online. Você faz o cadastro na plataforma e tem acesso aos nossos serviços com o melhor custo-benefício. A conversão da moeda é feita seguindo o câmbio comercial e as taxas são as menores do mercado.
Conseguiu sanar sua dúvida se o título de capitalização vale a pena? Apesar de ser bastante conhecida, a capitalização não é a melhor alternativa entre os investimentos disponíveis no mercado.
Com um pouco de paciência e pesquisa, é possível encontrar outras opções que garantem uma boa rentabilidade, liquidez e prazos mais dinâmicos, inclusive no exterior. Portanto, faça um levantamento de alternativas, identifique qual é o seu perfil de investidor e descubra qual é a melhor forma de fazer o seu dinheiro render.
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Resumindo
Existem quatro tipos de títulos de capitalização. São eles:
1. tradicional;
2. popular;
3. compra programada;
4. incentivo.
Os títulos de capitalização funcionam como uma reserva financeira programada, realizada a partir de aportes mensais. É um bom substituto, por exemplo, para quem não lida bem com a poupança e busca alternativas para jogos de aposta. Afinal, ele proporciona a participação sem custos em sorteios.
A aquisição de título de capitalização com o investimento não é uma boa opção. Tenha em mente que ele costuma não ter rendimentos consideráveis. Além disso, conta com longos prazos de duração e regras rígidas sobre o resgate antecipado. Ele pode gerar, inclusive, perdas no montante destinado ao pagamento do título.
O órgão responsável por regularizar os títulos de capitalização é a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Ela, inclusive, também credencia os seguros e a previdência complementar no Brasil.
O título de capitalização não faz parte das linhas de crédito cobertas em até R$ 250 mil pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Quem se responsabiliza pela segurança do montante investido é exclusivamente a instituição que oferta o título. Ou seja, a fintech, o banco, a seguradora etc.