Viagem para Israel: tudo que você precisa saber

Uma viagem para Israel é a oportunidade de reviver grande parte da história da humanidade e guardar na memória momentos incríveis. Confira nosso guia!

Fazer uma viagem para Israel e ter a oportunidade de conferir de perto os cenários de relatos históricos é uma experiência incrível que precisa ser bem planejada. O país abriga alguns dos pontos turísticos religiosos mais importantes do mundo.

É um destino que, sem dúvidas, merece atenção e cuidado na hora de preparar o roteiro de viagem. São muitos detalhes e, tratando-se de uma viagem internacional, nenhuma particularidade deve cair no esquecimento ou ser deixada para a última hora.

Neste post, trouxemos todas as informações de que você precisa para fazer uma excelente visita à Israel, desde a história do país até seus pontos turísticos. Continue lendo para elaborar um planejamento completo do seu roteiro de viagem!

História de Israel

Israel é um país do Oriente Médio que está às margens do Mar Mediterrâneo e é chamado de Terra Santa por cristãos, judeus e mulçumanos. Consiste em um destino marcado por passagens bíblicas, berço do povo judeu, o mais antigo do mundo.

De acordo com a crença judaica descrita na Bíblia, o povo de Israel tem origem nos grupos nômades que habitavam a Mesopotâmia há cerca de cinco mil anos. Depois, eles migraram para a região do Levante em meados do ano 2000 a.C.

Já no fim do século XVII a.C., a população se viu obrigada a partir para o Egito para fugir de um cenário de fome. O governador da época era José, filho de Jacó — após a sua morte e a sucessão do faraó, o Egito escravizou Israel, temendo o crescimento e domínio do povo.

Depois de libertados, os israelitas reconquistaram parte do território que antes ocupavam no Levante, depois de vagarem pela região da Península do Sinai. Após passarem pelo comando do rei Saul por volta de 1029 a.C. e, em seguida, por David, cerca de 1000 a.C., ocorreu a expansão do território de Israel.

A próxima conquista foi da cidade de Jerusalém, que se tornou a capital do Reino de Israel, sob o reinado de Salomão, alcançando o apogeu entre os anos de 966 a.C. e 926 a.C.

O reinado seguinte seria de Roboão, filho de Salomão, em 922 a.C., ocorrendo nessa época a divisão do Reino de Israel em Norte (o Reino das Dez Tribos, chamado de Reino de Israel) e Sul  (o Reino das Duas Tribos, chamado de Reino de Judá), que manteve Jerusalém como capital.

Entre sucessões de reinados, ocupações de territórios e momentos bíblicos memoráveis, e após um salto no tempo de muitos anos a.C. até d.C, nasce um moderno Estado de Israel depois do término da Primeira Guerra Mundial e da queda do Império Turco-Otomano, em que a antiga província da Palestina passou a ser administrada pela Grã-Bretanha.

Os judeus que retornaram à Palestina se enraizaram em Jerusalém, em que a maioria da população, em 1844, era composta por mulçumanos, cristão, armênios, gregos e minorias. Os primeiros migrantes seculares se juntaram aos religiosos a partir da segunda metade do século XIX.

Em mais uma história marcada por lutas, ao final da Segunda Guerra Mundial, o mundo teve ciência do que foi o Holocausto e o massacre de seis milhões de judeus pelos nazistas.

Foi no dia 14 de maio de 1948, antes do término do mandato britânico sobre a Palestina, que o chefe do governo israelense David Ben Gurion assinou a Declaração de Independência do Estado de Israel.

Hoje, após conflitos e tratados de paz, Israel é um país curioso e fascinante com seus 8,6 milhões de habitantes e seus territórios de relevo heterogêneo, além de um clima que vai do temperado ao árido nas regiões mais desertas.

Sua economia desenvolvida e diversificada se destaca pelas contribuições industriais e tecnológicas. Por falta de um consenso político, a cidade de Tel Aviv divide com Jerusalém a condição de capital, sendo sede de diversas embaixadas internacionais.

Por lá, o judaísmo é predominante, seguido de parcelas menores do islamismo, cristianismo e drusa. As fronteiras se formam ao norte com o Líbano, ao leste com a Síria e a Jordânia e ao sudoeste com o Egito — nessa região também se encontra a Faixa de Gaza.

A cultura de Israel tem forte influência religiosa, sobretudo baseada na fé judaica. Além disso, a cultura secular, os costumes e tradições são bem representados em Tel Aviv, que é considerado um dos maiores centros culturais de Israel.

Na gastronomia, a prática da culinária kosher é bastante presente na comunidade judaica. Trata-se de um conjunto de regras alimentares de proibição de combinações de alimentos, respeitando os preceitos religiosos.

Os pratos típicos de Israel são o falafel, um bolinho à base de grão de bico, e o shakshuka, preparado com ovos cozidos e molho de tomate. Com tantas coisas interessantes a conhecer, Israel é, sem dúvidas, um país que não pode faltar no roteiro de quem gosta de vivenciar novas experiências.

Quanto custa a viagem para Israel?

Chegamos à parte prática, que é começar a fazer o planejamento de viagem para Israel.Para isso, é preciso saber uma média do custo da viagem. Tudo vai depender de quanto tempo você pretende ficar no país, das cidades que pretende visitar e dos seus  roteiros de passeios.

A viagem para Israel tem um preço mais elevado que para os demais países do Oriente Médio devido à sua característica de país sagrado, o que o faz ser procurado por muitos religiosos do mundo inteiro.

Uma das reservas de dinheiro mais importantes é para a alimentação, pois a comida em praticamente todas as regiões de Israel é cara. Além disso, a tributação sobre as bebidas alcoólicas deixa o preço ainda mais alto para o consumidor.

O Shekel é a moeda oficial de Israel e equivale a cerca de R$ 1,45 do valor da moeda brasileira. No entanto, como o preço local é alto, essa comparação cai por terra no decorrer da viagem, pois os gastos acabam sendo superiores aos que são praticados no Brasil.

Você pode se perguntar como a população local consegue se manter, mas ocorre que o salário mínimo de Israel é de 5.300 shekels, uma diferença considerável em relação ao Brasil.

O ideal nessa viagem é levar dólar ou euro, que são moedas de aceitação mundial e facilidade de troca. No entanto, assim que possível, obtenha alguns shekel e agorot, como são chamados os centavos, pois alguns lugares podem recusar o pagamento em outra moeda.

Qual a melhor época do ano para conhecer Israel?

Você pode viajar a Israel quando quiser, mas é importante levar alguns pontos em consideração. Na primavera, por exemplo, os preços são mais baixos e o clima mais ameno permite roteiros ao ar livre, com atrações artísticas em diversos pontos.

Já nos meses entre março e maio, os hotéis estão mais vazios, o que garante uma prestação de serviços mais dedicada. Além disso, você pode aproveitar para visitar os locais culturais com mais tranquilidade, devido ao volume mais baixo de turistas.

No inverno, Israel é um país gelado e as ruas ficam mais vazias, com dias mais nublados. Esqueça o banho de mar ou atividades ao ar livre se você for do tipo mais intolerante a temperaturas muito baixas.

O verão, que compreende os meses de fevereiro a maio, traz um clima quente e agitado, com temperaturas mais altas, propícias para visitação às praias. Como é alta temporada, prepare-se para lugares mais cheios e custos mais elevados, assim como acontece nos meses de setembro a novembro.

Como funciona o transporte em Israel?

A melhor maneira de aproveitar bem uma viagem a Israel e visitar os mais diversos atrativos espalhados pelo país é alugando um carro. Considerando a praticidade, o custo-benefício será melhor e você terá maior autonomia de locomoção.

As estradas são seguras, com trânsito tranquilo e bem-sinalizado — lembrando que o Waze é israelense e certamente funciona muito melhor por lá. O transporte entre cidades pode ser feito também de ônibus ou de trem.

A rede ferroviária funciona em uma extensão que percorre quase todas as regiões do país, o que também é característico dos ônibus, que são usados por grande parte da população. Se você for um tipo de turista mais aventureiro, pode também recorrer aos Sheruts, as vans compartilhadas, muito comuns em Israel.

Quanto tempo ficar em Israel?

Israel é um país pequeno, mas com muitos atrativos a conhecer. Por isso, o tempo de estadia depende do seu orçamento e disponibilidade de tempo. Entre uma e duas semanas talvez seja o tempo ideal para um roteiro completo e interessante.

Além das principais cidades que recomendamos logo abaixo, a menos que sua viagem ocorra no inverno, você não vai querer perder a oportunidade de se banhar nas águas do Rio Jordão e do Mar Vermelho — apesar de muitos turistas se aventurarem no Mar Morto, ele não é recomendado, devido à sua alta salinidade. Confira as nossas dicas a seguir!

Quais cidades visitar em Israel?

Cada cidade de Israel conserva um pouco de história, cultura e belezas naturais, atrativos incríveis para um turista cheio de curiosidade. Selecionamos as cidades mais visitadas do país e seus pontos turísticos.

Com essas informações, você vai conseguir traçar o seu roteiro e aproveitar ao máximo o que essa terra incrível tem a oferecer. Acompanhe!

Jerusalém

Chamada de a cidade sagrada, em Jerusalém é onde está instalada a Igreja do Santo Sepulcro, conhecida como o local da crucificação e sepultamento de Jesus Cristo. Com esse aspecto, já é possível dimensionar a importância e religiosidade dessa cidade.

Também lá se encontram o Muro das Lamentações, que recebe milhares de peregrinos para deixar suas cartas, e a Mesquita de Al-Aqsa, um dos mais importantes templos do islamismo da atualidade.

Em Jerusalém, existem espaços para as mais diversas religiões — católica, judaica, muçulmana, entre outras. Você não pode perder o pôr do sol da cidade e consagrar de forma emocionante todo o contexto histórico que a envolve.

Galileia

Ao visitar essa cidade, você se lembrará de quando ouviu “Naquele tempo, Jesus na Galileia…” e sentirá o impacto de toda a sua passagem pela região. Conferir com os próprios olhos lugares que sempre fizeram parte do imaginário é mágico.

A região da Galileia é um destino obrigatório, já que lá está a Basílica da Anunciação, onde Maria recebeu a visita do arcanjo Gabriel para anunciar que ela foi a escolhida para dar à luz o filho de Deus, além do Mar da Galileia, onde Jesus andou sobre as águas.

Nazaré

Muitos acontecimentos mencionados na Bíblia têm passagens em Nazaré, lugar onde Jesus viveu seus primeiros anos da infância. Localizada na região da Galileia, Nazaré é um destino turístico importante para o país e para o mundo.

É lá também que se encontra o Rio Jordão, onde o Cristo foi batizado, além dos montes Carmelo e das Beatitudes. Nas redondezas, é possível visitar o mirante das Colinas de Golan e Tabgha, o local considerado o cenário para o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes e, também, da quarta ressurreição de Jesus depois de crucificado.

Eilat

Ao sul de Israel, Eilat figura como o principal destino turístico, com seu incrível balneário às margens do Mar Vermelho. O local é ponto de encontro dos mais ricos e famosos do Oriente Médio, com predominância de concentração no verão.

Entre hotéis luxuosos, restaurantes com premiação internacional, grandes shoppings e praias paradisíacas, se você estiver disposto a gastar uma quantia generosa, terá acesso a muitas atrações turísticas de alto nível.

Deserto de Negev

As regiões desérticas são tão assustadoras quanto fascinantes, e o Deserto de Negev é ainda mais surpreendente quando se sabe que ocupa 50% do território israelense. Por lá, você vai encontrar o Timna Park, dentro do vale em formato de ferradura.

Um dos atrativos são as rochas que formam belas esculturas, variando entre tons de bege e vermelho, em tamanhos e formas diversas. No Negev, é permitido andar a cavalo, camelo e bicicleta, além de praticar sandboard – descida nas dunas de areia com uma prancha similar à de snowboard.

Cesareia

Se você é praticante de mergulho ou deseja ter uma experiência diferente embaixo d’água, não pode deixar de conhecer as ruínas submarinas de um dos mais importantes sítios arqueológicos do Oriente Médio.

Situada entre Haifa e Tel Aviv, Cesareia é uma cidade litorânea, com praias paradisíacas de águas cristalinas do Mediterrâneo. Vale também conhecer as ruínas do antigo palácio do rei Herodes, o Grande.

Acre

Acre, que já foi a capital do reino de Jerusalém e foi construída por cruzados e otomanos debaixo da terra a partir do século XII, é também chamada de Akko. Trata-se de uma região que, no passado, sofreu tentativa de ocupação pelos assírios, persas, fenícios e romanos.

Localizada na região da Galileia, a cidade contém um dos mais importantes sítios arqueológicos a nível mundial. Com seus becos, vielas, dutos, mercados, sinagogas, igrejas e mesquitas, Acre é um convite a reviver o passado e resgatar grande parte da história de Israel.

Tel Aviv

Abrimos e fechamos a lista com as duas cidades consideradas capitais de Israel, e Tel Aviv não pode ficar de fora. Na cidade mais urbanizada e festiva do país, você vai encontrar excelentes restaurantes e uma linda praia de orla magnífica, que permite passeios e caminhadas à beira-mar.

O roteiro noturno é altamente recomendado se você gosta de agito e baladas. Nos bares, é possível saborear os melhores drinks e comidas da culinária não só de Israel, mas de praticamente todos os países do mundo.

Qual a documentação necessária?

Como não só de planejamento turístico se faz uma viagem internacional, a parte burocrática é uma das etapas imprescindíveis ao processo. Para a entrada em qualquer país, é preciso apresentar uma relação de documentos, a qual varia de embaixada para embaixada.

No caso de Israel, na hora do desembarque, você terá que apresentar:

• Passaporte com validade mínima de seis meses;
• Comprovante de vacinação contra a febre amarela;
• Selo da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Como funciona o visto para Israel?

Os brasileiros em viagem para Israel não precisam de visto na entrada, apenas de passaporte válido. Em Israel, o passaporte não é carimbado, no entanto, o visitante recebe um cartão de identificação.

Caso você resolva ir de Israel ao Egito, por exemplo, receberá o visto ao entrar no outro país. Em função do relacionamento complexo entre Israel e os países vizinhos, o carimbo no passaporte é evitado como forma de segurança para os próprios turistas.

É necessário o seguro de viagem?

O seguro de viagem para Israel não é obrigatório, mas recomendado, como em toda viagem internacional para um lugar de cultura e costumes diferentes. Pense que acidentes acontecem, estando você em casa, no trabalho, na cidade de origem ou em uma viagem fora do país.

Com isso, caso ocorra algum problema que envolva questões de saúde ou segurança, você estará resguardado. Um seguro básico de viagem deve oferecer serviços de cobertura para:

• Despesas médicas, odontológicas e hospitalares;
• Traslado de corpo em caso de falecimento e médico, em caso de doença;
• Caso de morte, acidental ou não;
• Invalidez total ou parcial em caso de acidente em viagem;
• Regresso sanitário.

Dicas importantes sobre os costumes de Israel

Quando se viaja a um país tão diferente do de origem, é normal ter curiosidades e receios sobre o que será encontrado. Tratando-se de Israel, um país do Oriente Médio, que tem o islamismo como pilar de religiosidade, é importante confirmar o que se lê nos blogs e ouve nos noticiários.

Veja algumas informações úteis antes de visitar Israel!

Como se vestir

Se você pensou que é preciso mudar sua forma de se vestir para transitar pelas ruas das cidades de Israel, não se preocupe! Por mais que muitos árabes e judeus usem trajes tradicionais, os turistas não são obrigados e nem restritos a qualquer tipo de roupa.

Nas ruas, as pessoas andam com trajes comuns e modernos. Além disso, em uma cidade com litoral como Tel Aviv, você se sentirá em uma praia brasileira, com mulheres de biquinis e homens sem camisa fazendo exercícios.

No entanto, nos templos religiosos mulçumanos, é obrigatório o uso do lenço para as mulheres e roupas que cubram o corpo inteiro. Já nos templos judaicos, impera o bom senso e o respeito aos costumes da religião.

Em Jerusalém, a cidade mais religiosa de Israel, as pessoas seguem os preceitos tradicionais e cumprem as regras mais rígidas. Portanto, esteja atento, informe-se e siga as orientações para evitar qualquer contratempo nesse sentido.

Como se comunicar

Em Israel, as línguas oficiais são o árabe e o hebraico, mas é comum encontrar quem fale inglês entre os moradores e funcionários dos estabelecimentos. As placas de sinalização, por exemplo, estão escritas nos três idiomas, assim como os cardápios, panfletos e pontos turísticos.

Segurança em Israel

Palco de grandes conflitos e guerras, há quem tenha medo de fazer uma viagem para Israel, pensando que pode ser vítima de um confronto. Por mais que o país esteja em uma zona de risco, a segurança para os turistas é prioridade.

Assim, você pode andar tranquilamente pelas cidades e capitais sem qualquer receio de sofrer assaltos, furtos ou qualquer tipo de abordagem. Mesmo à noite, as ruas de Israel oferecem segurança, por isso, não engavete seus planos e roteiro por isso.

Internet em Israel

Em plena era tecnológica, é difícil ficar totalmente sem internet durante um período longo e, quanto a isso, você não precisa se preocupar. A modernidade de Israel é surpreendente e você vai encontrar diversos pontos com internet, muitos deles gratuitos — disponíveis nas praças, museus, shoppings, hotéis e restaurantes.

Pronto, já temos um guia completo para servir de base ao seu planejamento de viagem para Israel. Agora é só programar a data, cuidar da reserva financeira, fazer as malas e embarcar no túnel do tempo em uma jornada de fé.

Se você gostou deste post, aproveite para compartilhar nas suas redes sociais e permitir que mais pessoas saibam como Israel pode ser um magnífico destino para a próxima viagem!

Resumindo