A Visa anunciou na última quarta-feira a compra da Pismo, fintech brasileira que é o primeiro unicórnio brasileiro de 2023. Esta é considerada a maior transação privada envolvendo uma fintech brasileira, com a Visa desembolsando US$ 1 bilhão na pela aquisição da Prismo, o equivalente a equivalente a R$ 4,8 bilhões.
Saiba mais alguns detalhes sobre o sucesso da Pismo e entenda as razões para a realização dessa transação bilionária.
O que é a Pismo?
Criada em 2016, a Pismo é uma fintech que desenvolve tecnologia bancária e de pagamentos que opera em toda a América Latina, Europa e região da Ásia-Pacífico. Em apenas 7 anos o crescimento da empresa chamou a atenção de gigantes do mercado financeiros até desencadear na compra feita pela Visa.
Entre os clientes da Pismo destacam-se Itaú, Citi, N26 e Nubank, mas há também diversos marktplaces, fintechs e outras instituições financeiras que contam com as tecnologias inovadoras da empresa para modernizar seus sistemas, atualizar linguagens de programação e desenvolver soluções em nuvem.
O sucesso da Pismo
A Pismo começou como uma pequena empresa, mas desde seu lançamento, em 2016, ela vem redefinindo o setor de pagamentos digitais e alcançou números impressionantes de crescimento e com incrível agilidade.
Os números de usuários, transações e parcerias comerciais cresceram exponencialmente, com milhões de pessoas usando os serviços da Pismo e o processamento de bilhões de reais em transações anuais
A parceria com marcas como Itaú, Nubank e Citi, entre outras, também foram fundamentais para o crescimento da fintech, expandindo seu alcance e oferta de serviços. Hoje, estima-se que a Pismo processe um volume superior a R$ 40 bilhões em transações anuais, com cerca de 80 milhões de contas e mais de 40 milhões de cartões emitidos.
Como foi a venda da Pismo?
A Visa venceu a rival Mastercad na disputa pela Pismo, adquirindo a fintech por US$ 1 bilhão, cerca de R$ 4,8 milhões, segundo a cotação atual. Segundo a Visa, com a compra a empresa poderá oferecer produtos de processamento bancário e emissão para cartões de débito, pré-pago, crédito e empresariais por meio de interfaces abertas (APIs).
Outro ponto que a Visa mira é conseguir suporte para trilhas de pagamento usando o Pix, o que hoje não vem sendo bem aproveitado pela Visa e por outras bandeiras.
Jack Forestell, líder global de Produtos e Estratégia da Visa, afirmou em nota: “Por meio da aquisição da Pismo, a Visa pode servir melhor nossos clientes instituições financeiras e fintechs com soluções bancárias e de emissão diferenciadas que eles podem oferecer aos seus clientes finais”.
Quem são os fundadores da Pismo?
O sucesso da fintech começou com seus quatro fundadores: Juliana Motta, Ricardo Josua, Daniela Binatti e Marcelo Parise. Juliana e Daniela, inclusive, fazem com que a fintech seja um dos poucos unicórnios brasileiros com mulheres entre seus fundadores.
Hoje, a Pismo tem sua equipe e sede em São Paulo e a expectativa é de que isso permaneça dessa forma. A fintech afirma que, mesmo com a aquisição, manterá sua atual equipe de gestão, que permanecerá baseada em São Paulo.